O Instituto Ricardo Brennand
(IRB) é uma instituição cultural brasileira localizada na cidade de Recife, no bairro da Várzea. Fundado em 2002 pelo colecionador e empresário pernambucano Ricardo Brennand, o instituto está sediado em um complexo arquitetônico em estilo medieval, composto por trés prédios: Museu Castelo São João, Pinacoteca, Galeria e a Capela Nossa Senhora das Graças, circundados por um vasto parque.Possui uma coleção permanente de objetos histórico-artísticos de diversas procedências, abrangendo o período que vai da Baixa Idade Média ao século XXI, com forte ênfase na documentação histórica e iconográfica relacionada ao período coloniale ao Brasil Holandês, incluindo a maior coleção do mundo de pinturas de Frans Post, com vinte obras.
O instituto também abriga um dos maiores acervos de armas brancas do mundo, com mais de 3 000 peças, a maior parte proveniente da Europa e da Ásia, produzidas entre os séculos XIV e XXI.
A biblioteca do instituto possui mais de 60 mil volumes, datados do século XVI em diante, destacando-se as coleções de brasiliana e obras rarasO instituto foi fundado por Ricardo Brennand, empresário e colecionador pernambucano de ascendência inglesa, nascido em Cabo de Santo Agostinho em 1927. Brennand obteve destaque na indústria canavieira da região Nordeste, atuando também nos segmentos de produção de cimento, azulejo, vidro, porcelana e aço. Na década de 1940, começou a colecionar armaria, sobretudo armas brancas, consolidando nas décadas seguintes o que viria a ser um dos maiores acervos privados dessa tipologia no mundo.
Na década de 1990, Brennand decidiu investir o capital resultante da venda de parte de suas fábricas na criação de uma fundação cultural voltada à preservação e exposição de seu acervo. Ainda antes da inauguração do instituto, começou a adquirir obras de arte e objetos relacionados à história do Brasil, sobretudo aos anos de ocupação holandesa da região Nordeste. Em poucos anos, Brennand amealhou um vasto conjunto de pinturas de Frans Post, além de paisagens e retratos seiscentistas, mapas, tapeçarias, moedas, documentos, livros raros e outros objetos referentes a essa temática.
O Instituto Ricardo Brennand foi inaugurado em setembro de 2002, com a exposição itinerante Albert Eckhout volta ao Brasil (também montada na Pinacoteca do Estado de São Paulo, no Conjunto Cultural da Caixa de Brasília e no Paço Imperial do Rio de Janeiro), que apresentou pela primeira vez ao público brasileiro o conjunto completo das pinturas de Eckhout pertencentes ao Museu Nacional da Dinamarca. No ano seguinte, o instituto inaugurou a exposição permanente Frans Post e o Brasil holandês na Coleção do Instituto Ricardo Brennand, com a presença da rainha Beatriz dos Países Baixos, do príncipe Guilherme Alexandre e da princesa Máxima Zorreguieta.
Além das exposições permanentes e temporárias, o instituto oferece visitas guiadas, cursos de história da arte, programa educativo voltado aos alunos dos sistemas público e privado de ensino de Pernambuco, programas de arte-educação para professores e atividades culturais em geral.
Em 2014, foi eleito o melhor museu da América do Sul e o 17º do mundo pelos usuários do TripAdviso
O Instituto Ricardo Brennand
(IRB) é uma instituição cultural brasileira localizada na cidade de Recife, no bairro da Várzea. Fundado em 2002 pelo colecionador e empresário pernambucano Ricardo Brennand, o instituto está sediado em um complexo arquitetônico em estilo medieval, composto por trés prédios: Museu Castelo São João, Pinacoteca, Galeria e a Capela Nossa Senhora das Graças, circundados por um vasto parque.Possui uma coleção permanente de objetos histórico-artísticos de diversas procedências, abrangendo o período que vai da Baixa Idade Média ao século XXI, com forte ênfase na documentação histórica e iconográfica relacionada ao período coloniale ao Brasil Holandês, incluindo a maior coleção do mundo de pinturas de Frans Post, com vinte obras.
O instituto também abriga um dos maiores acervos de armas brancas do mundo, com mais de 3 000 peças, a maior parte proveniente da Europa e da Ásia, produzidas entre os séculos XIV e XXI.
A biblioteca do instituto possui mais de 60 mil volumes, datados do século XVI em diante, destacando-se as coleções de brasiliana e obras rarasO instituto foi fundado por Ricardo Brennand, empresário e colecionador pernambucano de ascendência inglesa, nascido em Cabo de Santo Agostinho em 1927. Brennand obteve destaque na indústria canavieira da região Nordeste, atuando também nos segmentos de produção de cimento, azulejo, vidro, porcelana e aço. Na década de 1940, começou a colecionar armaria, sobretudo armas brancas, consolidando nas décadas seguintes o que viria a ser um dos maiores acervos privados dessa tipologia no mundo.
Na década de 1990, Brennand decidiu investir o capital resultante da venda de parte de suas fábricas na criação de uma fundação cultural voltada à preservação e exposição de seu acervo. Ainda antes da inauguração do instituto, começou a adquirir obras de arte e objetos relacionados à história do Brasil, sobretudo aos anos de ocupação holandesa da região Nordeste. Em poucos anos, Brennand amealhou um vasto conjunto de pinturas de Frans Post, além de paisagens e retratos seiscentistas, mapas, tapeçarias, moedas, documentos, livros raros e outros objetos referentes a essa temática.
O Instituto Ricardo Brennand foi inaugurado em setembro de 2002, com a exposição itinerante Albert Eckhout volta ao Brasil (também montada na Pinacoteca do Estado de São Paulo, no Conjunto Cultural da Caixa de Brasília e no Paço Imperial do Rio de Janeiro), que apresentou pela primeira vez ao público brasileiro o conjunto completo das pinturas de Eckhout pertencentes ao Museu Nacional da Dinamarca. No ano seguinte, o instituto inaugurou a exposição permanente Frans Post e o Brasil holandês na Coleção do Instituto Ricardo Brennand, com a presença da rainha Beatriz dos Países Baixos, do príncipe Guilherme Alexandre e da princesa Máxima Zorreguieta.
Além das exposições permanentes e temporárias, o instituto oferece visitas guiadas, cursos de história da arte, programa educativo voltado aos alunos dos sistemas público e privado de ensino de Pernambuco, programas de arte-educação para professores e atividades culturais em geral.
Em 2014, foi eleito o melhor museu da América do Sul e o 17º do mundo pelos usuários do TripAdviso
Acervo
O acervo do Instituto Ricardo Brenand é composto pelos núcleos de armaria, artes decorativas, tapeçaria, esculturas, mobiliário e artes visuais, abrangendo o período que vai da Baixa Idade Média ao século XX, com milhares de objetos procedentes da Europa, Ásia, América e África.[3]
O acervo do Instituto Ricardo Brenand é composto pelos núcleos de armaria, artes decorativas, tapeçaria, esculturas, mobiliário e artes visuais, abrangendo o período que vai da Baixa Idade Média ao século XX, com milhares de objetos procedentes da Europa, Ásia, América e África.[3]
Armaria
As peças são classificadas em segmentos específicos: armas de caça, guerra (defensivas e ofensivas), proteção pessoal e exibição. Um dos destaques do acervo é o conjunto de 27 armaduras completas (i.e., incluindo escudos, elmos, manoplas, guantes e cotas de malha), produzidas entre os séculos XIV e XVII, além das armaduras para cavalos e cães.
A coleção de armas brancas inclui punhais, estiletes, espadas, bestas, clavas, maças, alabardas, facas e canivetes de origens e formatos variados, abrangendo o período que vai do século XV aos dias de hoje, incluindo-se exemplares decorados com gemas, marfim, chifres, madrepérola, aço e metais. Destacam-se as facas e canivetes de exibição provenientes da tradicional cutelaria britânica Joseph Rodgers & Sons Limited, estabelecida em Sheffield em 1724.[5]
As peças são classificadas em segmentos específicos: armas de caça, guerra (defensivas e ofensivas), proteção pessoal e exibição. Um dos destaques do acervo é o conjunto de 27 armaduras completas (i.e., incluindo escudos, elmos, manoplas, guantes e cotas de malha), produzidas entre os séculos XIV e XVII, além das armaduras para cavalos e cães.
A coleção de armas brancas inclui punhais, estiletes, espadas, bestas, clavas, maças, alabardas, facas e canivetes de origens e formatos variados, abrangendo o período que vai do século XV aos dias de hoje, incluindo-se exemplares decorados com gemas, marfim, chifres, madrepérola, aço e metais. Destacam-se as facas e canivetes de exibição provenientes da tradicional cutelaria britânica Joseph Rodgers & Sons Limited, estabelecida em Sheffield em 1724.[5]
Artes decorativas, mobiliário e tapeçaria
O núcleo de artes decorativas é composto por objetos provenientes da Europa, Ásia e África, remontando ao século XVII. Inclui castiçais, candelabros, jarros, mosaicos, vitrais, cofres, cerâmicas chinesas, instrumentos musicais, etc. Destacam-se um par de candelabros franceses black-a-moor, modelados por Émile Guillemin e fundidos pela Barbedienne no século XIX, bem como um conjunto de estatuetas produzidos pela firma parisiense E. Granger. A coleção reúne ainda relógios de caixa alta franceses e austríacos, incluindo um modelo Planchon com pêndulo de porcelana decorado com motivos de equinócio, e um órgão italiano em estilo barroco, produzido por Domenico Mangino por volta de 1625.
A coleção de mobiliário é composta majoritariamente por exemplares franceses e ingleses, incluindo peças de descanso e de guarda, como arcas, aparadores, guarda-comidas, estantes e assentos. Destacam-se as peças de fatura gótica, além de uma escrivaninha bonheur du jour em estilo Biedermeier e um arcaz mineiro de sacristia do século XVIII. O núcleo de tapeçarias inclui exemplares franceses e flamengos, datados do século XVIII e produzidos por manufaturas como a dos Gobelins e a de Aubusson.
O núcleo de artes decorativas é composto por objetos provenientes da Europa, Ásia e África, remontando ao século XVII. Inclui castiçais, candelabros, jarros, mosaicos, vitrais, cofres, cerâmicas chinesas, instrumentos musicais, etc. Destacam-se um par de candelabros franceses black-a-moor, modelados por Émile Guillemin e fundidos pela Barbedienne no século XIX, bem como um conjunto de estatuetas produzidos pela firma parisiense E. Granger. A coleção reúne ainda relógios de caixa alta franceses e austríacos, incluindo um modelo Planchon com pêndulo de porcelana decorado com motivos de equinócio, e um órgão italiano em estilo barroco, produzido por Domenico Mangino por volta de 1625.
A coleção de mobiliário é composta majoritariamente por exemplares franceses e ingleses, incluindo peças de descanso e de guarda, como arcas, aparadores, guarda-comidas, estantes e assentos. Destacam-se as peças de fatura gótica, além de uma escrivaninha bonheur du jour em estilo Biedermeier e um arcaz mineiro de sacristia do século XVIII. O núcleo de tapeçarias inclui exemplares franceses e flamengos, datados do século XVIII e produzidos por manufaturas como a dos Gobelins e a de Aubusson.
Artes visuais
O núcleo de artes visuais é composto por pinturas, esculturas, desenhos e gravuras, de artistas brasileiros e estrangeiros, datados do século XV em diante. A coleção de arte brasileira é majoritariamente formada por paisagens e por um conjunto significativo de brasiliana, com predominância de registros iconográficos relacionados ao atual estado de Pernambuco. Estão representados no acervo artistas como Carlos Julião, Claude François Fortier, Nicolas-Antoine Taunay, Jean-Baptiste Debret, Johann Moritz Rugendas, Henri Nicolas Vinet, Emil Bauch, Nicola Antonio Facchinetti, Luís Schlappriz, Franz Heinnrich Carls, Franz Hagedorn, Giovanni Battista Castagneto, Eliseu Visconti, Jerônimo José Telles Júnior e Benedito Calixto, entre outros.
A coleção de pintura europeia é caracterizada pela ênfase nas cenas de gênero, em temáticas palacianas ou relacionadas à armaria, datadas do século XVII em diante. Destaca-se um par de naturezas-mortas barrocas de Francesco Maltese e outras obras de Enrique López Martínez, Tito Lessi e Blaise Alexandre Desgoffe. Outra vertente presente nesse segmento é o de pinturas oitocentistas de temática orientalista e de nus femininos. Destacam-se Edouard Richter, Emmanuel de Dieudonne, Delphin Enjolras e, sobretudo, William-Adolphe Bouguereau, com Após o Banho (1894).
Na coleção de esculturas, destaca-se uma peça anônima em madeira do século XV, representando um escravo negro em trajes da época, e outras obras de Giovanni Maria Benzoni, Henri Louis Levasseur, Abelardo da Hora e um conjunto de réplicas de esculturas clássicas executadas pelo ateliê de Romano Romanelli.
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O núcleo de artes visuais é composto por pinturas, esculturas, desenhos e gravuras, de artistas brasileiros e estrangeiros, datados do século XV em diante. A coleção de arte brasileira é majoritariamente formada por paisagens e por um conjunto significativo de brasiliana, com predominância de registros iconográficos relacionados ao atual estado de Pernambuco. Estão representados no acervo artistas como Carlos Julião, Claude François Fortier, Nicolas-Antoine Taunay, Jean-Baptiste Debret, Johann Moritz Rugendas, Henri Nicolas Vinet, Emil Bauch, Nicola Antonio Facchinetti, Luís Schlappriz, Franz Heinnrich Carls, Franz Hagedorn, Giovanni Battista Castagneto, Eliseu Visconti, Jerônimo José Telles Júnior e Benedito Calixto, entre outros.
A coleção de pintura europeia é caracterizada pela ênfase nas cenas de gênero, em temáticas palacianas ou relacionadas à armaria, datadas do século XVII em diante. Destaca-se um par de naturezas-mortas barrocas de Francesco Maltese e outras obras de Enrique López Martínez, Tito Lessi e Blaise Alexandre Desgoffe. Outra vertente presente nesse segmento é o de pinturas oitocentistas de temática orientalista e de nus femininos. Destacam-se Edouard Richter, Emmanuel de Dieudonne, Delphin Enjolras e, sobretudo, William-Adolphe Bouguereau, com Após o Banho (1894).
Na coleção de esculturas, destaca-se uma peça anônima em madeira do século XV, representando um escravo negro em trajes da época, e outras obras de Giovanni Maria Benzoni, Henri Louis Levasseur, Abelardo da Hora e um conjunto de réplicas de esculturas clássicas executadas pelo ateliê de Romano Romanelli.
Brasil holandês
O Instituto Ricardo Brennand possui uma das mais completas coleções de documentação histórica e iconográfica relacionada à ocupação holandesa da região Nordeste do Brasil. O destaque principal desse núcleo é a maior coleção mundial de pinturas de Frans Post, o primeiro pintor de paisagens do continente americano. O instituto possui 15 óleos de Post, o que equivale a 10% de toda a sua produção pictórica. É a única coleção que cobre todas as fases da trajetória do artista.Particularmente relevante é a peça Forte Frederick Hendrik pintada por Post em Recife em 1640. Trata-se da única dentre as sete paisagens remanescentes executadas in situ por Frans Post a ser conservada em uma coleção brasileira (as outras seis estão divididas entre o Louvre, em Paris, a Mauritshuis, na Haia e a coleção Cisneros, em Caracas).
O instituto conserva um conjunto de gravuras executadas entre 1644 e 1645 por um grupo de artistas liderados por Jan van Brosterhuisen, a partir de desenhos detalhados feitos por Frans Post para ilustrar o livro Rerum per octennium in Brasilia et alibi nuper gestarum sub praefectura de Caspar Barlaeus. Os desenhos de Post encontram-se atualmente conservados no Museu Britânico, em Londres. As gravuras representam as principais localidades e a topografia das terras brasileiras sob domínio holandês.Há também um conjunto de mapas do Nordeste brasileiro, produzidos por Hessel Gerritsz, Claes Visscher, Georg Marggraf e Izaac Commelyn, entre outros.[23]
De grande importância histórica é a rara coleção de moedas obsidionais holandesas (moedas emergenciais), cunhadas em Pernambuco entre 1645 e 1654 para superar escassez de numerário local ocasionada pelos constantes cercos impostos por Portugal. A coleção de manuscritos é composta por relatórios, ordens, memorandos e correspondências relacionados aos importantes eventos e personalidades de então. Há cartas de Isabela de Espanha, Maurício de Orange-Nassau, Johan de Witt, etc. O grande destaque é uma correspondência escrita por Dom João IV em 1647, informando sobre sua decisão de enviar um reforço de 200 homens para auxiliar na expulsão dos holandeses, um documento-chave para a preparação da primeira Batalha dos Guararapes.
A coleção de objetos relacionados a esse período inclui peças confeccionadas na Holanda com matéria-prima fornecida pelo Brasil (como taças feitas de coco), prataria comemorativa, um exemplar raro do maior tipo de globo terrestre de biblioteca fabricado por Mateus Greuter (do qual se conhecem apenas 15 exemplares atualmente), cachimbos da Companhia das Índias Ocidentais, etc. Outros objetos mostram a influência que o material iconográfico e científico coletado por Maurício de Nassau no Brasil e distribuído entre os soberanos europeus teve na produção de artefatos e no imaginário de seus contemporâneos. É o caso das famosas séries de tapeçarias Anciennes e Nouvelles Indes, baseadas nos desenhos de Albert Eckhout e tecidas pela Manufatura dos Gobelins, da qual o instituto conserva quatro exemplares, bem como de uma paisagem brasileira imaginária, pintada por Jillis van Schendel, artista holandês que jamais esteve no Brasil.
O Instituto Ricardo Brennand possui uma das mais completas coleções de documentação histórica e iconográfica relacionada à ocupação holandesa da região Nordeste do Brasil. O destaque principal desse núcleo é a maior coleção mundial de pinturas de Frans Post, o primeiro pintor de paisagens do continente americano. O instituto possui 15 óleos de Post, o que equivale a 10% de toda a sua produção pictórica. É a única coleção que cobre todas as fases da trajetória do artista.Particularmente relevante é a peça Forte Frederick Hendrik pintada por Post em Recife em 1640. Trata-se da única dentre as sete paisagens remanescentes executadas in situ por Frans Post a ser conservada em uma coleção brasileira (as outras seis estão divididas entre o Louvre, em Paris, a Mauritshuis, na Haia e a coleção Cisneros, em Caracas).
O instituto conserva um conjunto de gravuras executadas entre 1644 e 1645 por um grupo de artistas liderados por Jan van Brosterhuisen, a partir de desenhos detalhados feitos por Frans Post para ilustrar o livro Rerum per octennium in Brasilia et alibi nuper gestarum sub praefectura de Caspar Barlaeus. Os desenhos de Post encontram-se atualmente conservados no Museu Britânico, em Londres. As gravuras representam as principais localidades e a topografia das terras brasileiras sob domínio holandês.Há também um conjunto de mapas do Nordeste brasileiro, produzidos por Hessel Gerritsz, Claes Visscher, Georg Marggraf e Izaac Commelyn, entre outros.[23]
De grande importância histórica é a rara coleção de moedas obsidionais holandesas (moedas emergenciais), cunhadas em Pernambuco entre 1645 e 1654 para superar escassez de numerário local ocasionada pelos constantes cercos impostos por Portugal. A coleção de manuscritos é composta por relatórios, ordens, memorandos e correspondências relacionados aos importantes eventos e personalidades de então. Há cartas de Isabela de Espanha, Maurício de Orange-Nassau, Johan de Witt, etc. O grande destaque é uma correspondência escrita por Dom João IV em 1647, informando sobre sua decisão de enviar um reforço de 200 homens para auxiliar na expulsão dos holandeses, um documento-chave para a preparação da primeira Batalha dos Guararapes.
A coleção de objetos relacionados a esse período inclui peças confeccionadas na Holanda com matéria-prima fornecida pelo Brasil (como taças feitas de coco), prataria comemorativa, um exemplar raro do maior tipo de globo terrestre de biblioteca fabricado por Mateus Greuter (do qual se conhecem apenas 15 exemplares atualmente), cachimbos da Companhia das Índias Ocidentais, etc. Outros objetos mostram a influência que o material iconográfico e científico coletado por Maurício de Nassau no Brasil e distribuído entre os soberanos europeus teve na produção de artefatos e no imaginário de seus contemporâneos. É o caso das famosas séries de tapeçarias Anciennes e Nouvelles Indes, baseadas nos desenhos de Albert Eckhout e tecidas pela Manufatura dos Gobelins, da qual o instituto conserva quatro exemplares, bem como de uma paisagem brasileira imaginária, pintada por Jillis van Schendel, artista holandês que jamais esteve no Brasil.
Biblioteca
A Biblioteca do Instituto Ricardo Brennand tem como foco a história do Brasil holandês e foi projetada para abrigar até 100 000 volumes. Atualmente, conta com 20 000 itens, como livros, panfletos, periódicos, partituras, discos, fotografias, álbuns iconográficos e setor de obras raras.[12] O acervo da biblioteca foi formado por meio da aquisição de coleções particulares de acadêmicos e pesquisadores brasileiros dedicados à história do Brasil colonial, como José Antônio Gonçalves de Mello Neto, Edson Nery da Fonseca e Jaime Cavalcanti Diniz.
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fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.
A Biblioteca do Instituto Ricardo Brennand tem como foco a história do Brasil holandês e foi projetada para abrigar até 100 000 volumes. Atualmente, conta com 20 000 itens, como livros, panfletos, periódicos, partituras, discos, fotografias, álbuns iconográficos e setor de obras raras.[12] O acervo da biblioteca foi formado por meio da aquisição de coleções particulares de acadêmicos e pesquisadores brasileiros dedicados à história do Brasil colonial, como José Antônio Gonçalves de Mello Neto, Edson Nery da Fonseca e Jaime Cavalcanti Diniz.
fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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